segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Sabão de alcatrão de pinho
Sabão de alcatrão de pinho: Foi feito a pedido por uma pessoa que mandava vir do estrangeiro para a ajudar com os seus problemas de psoriase. Azeite, karité, oleo de coco, oleo de grainha de uva, cera de abelha e alcatrão de pinho e sumo de aloé.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
A questão do sabão natural e da soda caustica
O sabão natural é feito a partir de
óleos e manteigas vegetais e ou animais, aos quais é adicionado uma solução
alcalina para que se dê uma reacção química chamada saponificação (ou seja que
as gorduras se transformem em sabão).
Sim, para
fazer sabão tem de se usar soda caustica (hidróxido de sódio) ou potassa hidróxido
de potássio, caso do sabão em pasta ou liquido. Em qualquer definição de sabão
pode-se ler que é o resultado de uma reação química resultante da junção
de gorduras e uma base alcalina. A
glicerina é um subproduto desse processo e é nos processos industrializados,
retirada e depois direcionada para as industrias farmacêutica e alimentar. Agora
suponho que quando fala de sabonete de glicerina se refere às bases
glicerinadas que se compram já feitas e depois se derretem e se moldam em
moldes artísticos. Essa base já passou por esse processo, ou seja antes de ser
base de glicerina foi um sabão e antes era um conjuntos de gorduras às quais se
juntou uma base alcalina de soda caustica. Depois ela passa por um processo de
clarificação para se tornar transparente e de adição de aditivos no intuito de facilitar
o seu uso (derreter, colocar em moldes), aumentar a espuma e a validade. Os
sabonetes de glicerina industriais seriam uma “invenção” dos anos 50/60 (não
tenho agora bem presente a data), e teria sido criado com o intuito de fazer um
sabonete mais suave (pois devido à industrialização do sabão e a retirada da
glicerina, os sabões seriam mais agressivos e cáusticos) pelo que, além de ser
um sabonete transparente e mais apelativo, seria menos caustico pela adicinado de
uma pequena porção de glicerina. A denominação “sabonete de glicerina” e a
propaganda da época deu resultado e perdurou até hoje a crença de que são sabonetes
suaves e apropriados para peles sensíveis. Se na altura “era assim”, atualmente
isso não é bem assim, pois os aditivos colocados muitas vezes provocam alergias
a pessoas com a pele mais sensível.
Assim
temos o sabão NATURAL artesanal, em que o sabão é feito de raiz, juntando as
gorduras e a soda caustica (segundo regras de segurança e quantidades corretas
e seguras, este processo não é realizado à toa!), e o sabonete de glicerina artesanal,
em que a base já passou pelo processo mais complicado e que é muito apelativo
pela forma como pode ser trabalhado artisiticamente. Desde já posso adiantar
que se pode fazer a base de glicerina de forma artesanal e saber o que se coloca
nela para a tornar um produto final mais natural, pois se a base for comprada já
feita tem pouco de natural e, se se pode dizer que são sabonetes artesanais, não
se devem chamar de naturais.
Quanto ao
sabão NATURAL feito de raiz ele é naturalmente rico em glicerina pois no processo
artesanal não se separa a glicerina do sabão e ela permanece no produto final.
Além disso é deixada uma percentagem de gorduras que não são saponificadas e
que entram depois em contato com a pele deixando-a mais suavizada. Não são necessários
aditivos espumantes para o sabão natural, pois se quisermos um sabão com uma
espuma mais rica, sabemos qual q gordura quês e deve saponificar para o efeito
(sim há gorduras que dão mais espuma a uma sabão natural, enquanto outras são mais
adequadas para suavizar um sabão).
Voltando
ao cerne da questão: a soda caustica. É realmente necessário extrema precaução
na sua utilização. É um produto muito cáustico que provoca queimaduras graves, tanto
por contato direto com a pele como através da inalação de fumos. Por isso se
utiliza equipamento de segurança quando fazemos os sabões: óculos, mascara,
luvas, roupa de proteção. Há uma serie de normas de segurança que tem de ser
seguidas quando estamos a fazer sabão natural. É também de extrema importância
ter noção do que se está a fazer, de todo o processo. É um processo químico,
que envolve alguns riscos, que podem ser evitados através do conhecimento do
processo e da adoção de medidas e equipamentos de segurança.
Mas,
perguntarão: e a soda que fica no sabão? Não faz mal à pele!?!?... Aí está! Um
sabão natural bem feito já não tem soda! Como? Sim, um sabão bem formulado e
devidamente curado, não soda. Quando a saponificação está corretamente feita,
ou seja, quando a transformação de gordura em sabão é feita com as quantidades
corretas, o método realizado corretamente e o tempo de cura respeitado, toda a
soda que foi utilizada se encontra transformada e neutralizada. O produto final
não é gordura nem soda é uma outra substância: é sabão.
Agora
dentro do sabão natural existem dois tipos de sabão: o sabão cosmético e o sabão
de lavagem/limpeza. Este ultimo é o que normalmente se faz, atualmente com óleos
usados de cozinha, no intuito de também se reciclarem estes desperdícios
bastante poluentes. Estes têm sim, têm um excesso de soda e não são adequados
para uso cosmético. Já agora um aparte: quero chamar a atenção para as receitas
de sabão de oleo reciclado, que circulam na internet e que contém quantidades
absurdas de soda caustica, muitas vezes o suficiente para saponificar
quantidades de gordura de 2 a
3 vezes, maior que a utilizada na receita.
Os sabões
naturais cosméticos, são aqueles em que se utilizam óleos mais “nobres”, em que
se procuram a perfeita junção entre as propriedades do óleo e as da planta, entre a cor e o aroma,
sempre com uma percentagem de óleos não saponificados, óleos livres num sabão
que se quer seguro, suave, muitas vezes um caleidoscópio de emoções sensoriais,
entre texturas e aromas.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Sabão natural novo: Out/Nov. 2012 em HP (hot process - processo a quente)
Sabão
Dourado: azeite macerado com calendula, karité,oleos de palma, coco e
de pessego e cera de abelha. Oleos essenciais de laranja, litsea cubeba,
incenso, ylang-ylang, palmarosa, tangerina, baunilha, cravinho e
gengibre http:// |
Sabão de calendula: azeite macerado com calendula, óleo de coco e cera de abelha. Sem aromas. |
Sabão
de vinho tinto e rosas: azeite macerado com rosas, óleo de coco,
grainha de uva, rosa mosqueta e manteiga de karité, cera de abelha;
argila rosa, farinha de arroz, vinho tinto; óleo de fragancia de rosas,
oleos essenciais de geranio, palmarosa e bergamota; tintura de romã;
hipericão, flor de laranjeira, canela, noz moscada, baga de zimbro e mel http:// |
Tomilho e limão: azeite macerado com tomilho,óleo de coco e cera de abelha; oleos essenciais de limão, litsea cubeba, tea tee, extrato de propolis e tinturas de benjoim |
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Workshop / Oficina: Sabão Natural - Processo a Frio Dia 9 de Dezembro de 2012
em Algés, Rua Damião de Góis, nº 34 - 1º Esq.
Dia 9 de Dezembro de 2012
10:00 até 18:00 O sabão natural é feito a partir de óleos e manteigas vegetais e ou animais, aos quais é adicionado uma solução alcalina para que se dê uma reacção química chamada saponificação (ou seja que as gorduras se transformem em sabão). Assim faziam as “nossas avós” o sabão. A partir da segunda metade do século XX, estes conhecimentos começaram a desvanecer-se à medida que os novos detergentes e sabonetes industriais foram tomando conta mercado, aliviando até a mulher de m
ais
uma tarefa, no seu já atarefado dia-a-dia. Actualmente e perante as
crescentes certezas dos danos e prejuízos causados pelo excesso de
químicos recebidos pelo nosso organismo através da utilização dos
variadíssimos sabonetes, géis de banho, champôs e tantos outros produtos
cosméticos e de higiene pessoal, produzidos e disponibilizados pela
industria químico-farmacêutico, há um retorno às coisas simples, às
origens, às raízes.
É disso que se trata nesta oficina pratica. Explicar e demonstrar como é que se transforma um azeite, a gordura mais comum no nosso país, em sabão e dele retirar todos os proveitos e benefícios. Vamos aprender a fazer o nosso próprio sabão. Aprender quais as gorduras que se podem usar, os seus benefícios, quais aditivos colocar. Abordaremos questões e conceitos como: -Breve história do sabão; -Como as nossas “avós” faziam o sabão para a barrela; -Medidas de segurança; -Ingredientes: -Gorduras (óleos e manteigas) e soda cáustica; -Água destilada e outros liquidos -Óleos essenciais/óleos de fragrância -Aditivos e conservantes; -Tabela de saponificação: como usar; - O que é o “Excesso de soda” e “sobre-engorduramento” -Saponificação, moldes e processo de cura. -Usar plantas aromáticas e medicinais na manufacturação de sabões - Demonstração de como se faz: Sabão natural (processo a frio): Lavagens e limpezas. Sabão natural (processo a frio): Uso pessoal (personalizado) Alguns usos para o sabão natural lavagens. Algumas receitas simples e praticas Dia 9 de Dezembro de 2012 , em Algés, Rua Damião de Góis, nº 34 - 1º Esq. (perto da Estação dos Autocarros, ao lado do MacDonalds), Horário: Das 10h às 18h. Valor:85€ (inclui manual e amostras de produtos realizados no wks) Informações e inscrições através dos seguintes contactos: (é necessária confirmação por razões logísticas) suntrialquimias@gmail.com (Florbela Graça) Tel.: 214115529/916786462/ 961871637 Email: geral@beholistic.pt www.beholistic.pt Os participantes têm direito a um manual e a amostras dos produtos elaborados durante o workshop. Em relação a material que precisem levar será: caneta/lapis e um caderno para algum apontamento, e um saco para levar os sabões amostras (que irão acondicionados numas caixinhas), pode se quiser trazer um paninho da louça ou algo similar, para envolver as caixinhas, podem trazer. |
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